inconstante

tentativa de organização I

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

processo criativo pós eletroquímicos /possível transformes/ resíduos residência



Eletroquímicos ("coisa") por bastante tempo - obra cinética; fica perambulando pelo salão; quando vê, loirificou-se

Projeto p/ artes visuais + galerias

Projeto "Caiu, basta estar de pé"
Fall after newton 2010 - empréstimo

Loirificações Sophie Calle
Sair loiro para seguir alguém; contratar alguém para te seguir



Escrever para Sophie uma carta de desquite/ autorização para uso da obra

O que é ser ariano? Como te vêem?

segunda-feira, 25 de maio de 2009

tirar tudo pra pôr de novo

A mãe dela fazia igual.
Quando soube disso, ficou imaginando as duas novinhas (mãe e tia), na casa da avó que não conheceu, imaginava ser uma casa ensolarada, com aquele silêncio de vizinhança do interior.
A tia, um pouco mais velha, era eficientíssima! Rapidamente limpava, organizava, fazia todo o dever de forma prática e inteligente, afinal, assim sobrava mais tempo para as outras coisas, todas as outras que fazia tão bem (tinha inveja da tia).
Já a mãe (impressionante como pode ser tão parecida com a mãe, mesmo que tão diferente), ficava uma hora só limpando o fogão. Para a limpeza da cozinha, passava um dia inteiro. Cada ranhura entre os azulejos tinha que ficar branca, impecável.
Tipo de coisa que nunca precisou fazer na casa da mãe, já que nestes tempos quem limpava a cozinha era a empregada.
Mas lembrou, claramente, de quando limpava as gavetas do armário do próprio quarto. Para isso, começava pondo tudo pra fora. Na maioria das vezes, re-experimentava todas as roupas, vestia uma por uma, via o quê combinava com o quê, desfilava para si própria e, quando percebia que algo realmente não combinava mais com ela, tinha passado da fase, ficado pequeno, etc, resolvia passar pra frente, dar para alguém. Raramente jogava fora. Sempre achava que iria servir para outra pessoa, ou que ainda não estava velho demais. Reciclava (de novo, igualzinha à mãe).
Pra ela arrumação é isso, não tem jeito de ser diferente.
Com o tempo, a gaveta que estava arrumadíssima começa a sofrer os efeitos danosos da pressa: uma camiseta volta amarrotada, porque não combinou com a calça; as calcinhas vão saindo do varal e sendo jogadas para o gavetão (pra quê dobrar?); não se sabe mais o que é calcinha e o que é meia.
Até que a situação vira insustentável e, ao invés de comprar calcinhas novas, porque todas sumiram, resolve-se arrumar por inteiro. E pra isso tem que tirar tudo, a fim de ver o que de fato existe.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

processo criativo 3: PIU

estar na rua em casa.

Sensação de liberdade: andar pra qualquer lado sem limites.

Explorar as articulações calcanhar/metatarso/dedos, massageá-las nas fissuras e relevos da calçada.

Vento na pele e nos cabelos: vento fresco e limpo que veio depois da chuva;

analisar corpos desconhecidos;

deparar-se com com os problemas, soluções, cores, poeira, concreto, sujeira, história, coisas pavorosas, medos desconhecidos;
atrações fúnebres;
seduções modestas;
simpatias surpreendentes;
antipatias mal-comidas;
acomodações precárias.


A pura realidade dos que vivem.

processo criativo 2

"Olhe para isto!
Já viu uma coisa tão horripilante, pavorosa?
Pensei que um cadáver era apenas algo morto. Mas isto é sinistro!
E de alguma forma - coisa medonha! - ela parece estar grudada em mim!"

em O homem que caía da cama, de O homem que confundiu sua mulher com um chapéu de Oliver Sacks.

processo criativo 1

"O mundo é uma comédia para os que pensam e uma tragédia para os que sentem."
Horace Walpole, 1769